domingo, 12 de dezembro de 2010

Pintura Romana

A pintura da Roma Antiga é um tópico da história da pintura ainda pouco compreendido, pois seu estudo é prejudicado pela escassez de relíquias. Boa parte do que hoje sabemos sobre a pintura romana se deve a uma tragédia natural. Quando o vulcão Vesúvio entrou em erupção no ano 79 d.C. soterrou duas prósperas cidades, Pompéia e Herculano. Grande parte da população pereceu, mas as edificações foram parcialmente preservadas sob as cinzas e a lava endurecida, e com elas suas pinturas murais decorativas. A partir do estudo desse acervo remanescente se pôde formar um panorama bastante sugestivo da fértil e diversificada vida artística da Roma Antiga entre fins da República e o início do Império, mas esse conjunto de obras é na verdade apenas uma fração mínima da grande quantidade de pintura produzida em todo o território romano no curso de sua longa história, e justamente por essa fração ser muito rica, faz lamentar a perda de testemunhos mais significativos e abundantes dos períodos anterior e posterior, em outras técnicas além do afresco e de outras regiões romanizadas para além da Campânia.

Roma desde sua origem fora uma ávida consumidora e produtora de arte. Iniciando sua história sob o domínio etrusco, desenvolveu uma arte que lhes era largamente devedora, a qual era por sua vez uma derivação da arte grega arcaica. Assim que conquistou sua independência entrou em contato direto com a cultura grega clássico-helenista, passando a assimilar seus princípios em todos os campos artísticos, inclusive na pintura. Tornou-se uma praxe a cópia de obras célebres e a variação sobre técnicas e temas gregos, e, segundo os relatos, a produção era enorme, a importação de originais também e pinturas gregas eram presas altamente cobiçadas na esteira das conquistas militares. Por causa dessa continuidade deve-se a Roma muito do que sabemos sobre a pintura grega, já que desta cultura não restou mais que um punhado de originais em território grego. Porém, o que foi importado ou produzido pelos romanos em imitação dos gregos também se perdeu quase completamente, o mesmo ocorrendo com a sua produção original. Ainda podemos ver alguns afrescos esparsos e fragmentários espalhados em toda área antigamente dominada pelos romanos, mas se não fosse pela preservação de Pompéia e Herculano em tão bom estado, cujos murais são numerosos e de grande qualidade, a idéia que temos hoje da pintura tanto da Grécia Antiga como da própria Roma Antiga teria de se basear quase apenas em descrições literárias.


A pintura romana exerceu uma influência significativa na evolução da pintura ocidental. Sua tradição reemergiu em vários momentos da história ao longo de muitos séculos, sendo especialmente importante na gestação da arte paleocristã, bizantina e românica, e dando muitos subsídios para os pintores do Renascimento, do Neoclassicismo e do Romantismo. Hoje o estudo da pintura romana ainda está em progresso; já foram publicados diversos livros e artigos sobre o assunto, mas um compêndio sobre o mundo romano publicado em 2001 pela Universidade de Oxford considerava a obra de Roger Ling, Roman Painting (1991), o único estudo extenso e sério disponível escrito sob critérios atualizados, e assim ainda há muito por desvendar e entender em termos de usos e significados. Contudo, a multiplicação das escavações arqueológicas e o aperfeiçoamento dos métodos analíticos prometem trazer mais dados a um campo de grande interesse artístico, histórico e social.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Escultura Romana

A Escultura Romana

A escultura Romana Revelou,desde sempre, características realistas e que se centravam na personalidade do indivíduo, que vem das raízes da arte etrusca e helenística. A civilização etrusca utilizou o retrato realista, modelandoo efígies dos mortos na qual o verismo é muito evidente. A influência grega chegou a Roma através da importação de obras das colonias gregas.
Assim, a escultura romana eternizou a memória dos homens através de imagens reis que evidenciavam o carácter, a honra, a glória e a psicologia do retratado. Depois, por volta do séc.I a.C, no tempo de Octávio César Augusto e da Pax Romana, o apogeu de Roma, o retrato sofreu a influência do ideal helénico, sobretudo no retrato oficial.




Bibliografia: Todo o texto aqui escrito foi retirado do livro de História da Cultura e das Artes, módulos 1, 2,3,4 e 5, de Ana Lídia Pinto, Fernanda Meireles e Manuela Cernadas Cambotas
As imagens foram retiradas de :
http://lh4.ggpht.com/_CspoOravwzg/SONZxKiowrI/AAAAAAAAB54/60FkbUeO3LQ/escultura.jpg
http://www.swingalia.com/img/escultura-romana.jpg

domingo, 28 de novembro de 2010

Ordem Toscana e Ordem Composita

A ordem Toscana é desenvolvida na época romana e trata-se de uma simplificação de mesmas proporções do dórico. A coluna não apresenta base e dispõe de sete módulos de altura, o fuste é liso, sem caneluras, e o capitel simples, com aneletes (toros). As colunas dessa ordem são separadas por grandes distâncias.

A Compósita foi uma ordem da arquitetura clássica desenvolvida pelos romanos a partir dos desenhos das ordens jônica e coríntia.
Até o período do Renascimento a ordem foi considerada uma versão tardia do coríntio. Trata-se de um estilo misto em que se inserem no capitel as volutas do jónico e as folhas de acanto do coríntio. A coluna tem dez módulos de altura.

domingo, 31 de outubro de 2010

Cultura da Agora

A ágora de Atenas foi um espaço público de fundamental importância na constituição do espaço urbano da Atenas clássica. Atualmente, encontra-se em ruínas e é considerada bem tombado e um dos principais espaços turísticos da cidade de Atenas e de toda a Grécia.

A ágora possuía papel importante na configuração da democracia ateniense e na política da cidade, sendo o local, por excelência, da manifestação da opinião pública, adequado à cidadania cotidiana. A ágora de Atenas caracterizava-se como uma grande praça, um vazio contrastante em meio ao casario compacto típico da Atenas clássica. Em sua face Oeste era limitada por uma seqüência de edifícios públicos, cada um representando um papel diferente na vida política da cidade. Em sua face leste, estava limitada por mercados e feiras livres.

A ágora localizava-se em um dos pontos mais baixos de Atenas, de forma que era possível, dali, vislumbrar com um olhar os outros três espaços importantes na constituição da política da cidade: a acrópole (localizada no ponto mais alto), o areópago e a pnyx (localizados à meia altura entre a ágora e a acrópole).

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Batalha de Salamina

A Batalha de Salamina foi o combate entre a frota persa, liderada por Xerxes e a grega, comandada por Temístocles. O acontecimento deu-se no estreito que separa Salamina da Ática, possivelmente no dia 29 de Setembro de 480 a.C.[1] e terminou com a vitória grega.
Após as vitórias persas na Tessália e em Termópilas, a devastação da Beócia e da Ática, o rei persa Xerxes entrou em Atenas, destruindo inclusive os monumentos da Acrópole, desenvolvendo aquela que ficou conhecida pela Segunda Guerra Médica.
Enquanto os coríntios e os espartanos defendiam uma aglomeração militar no istmo, Temístocles concentrou a frota de 200 embarcações (trirremes) na baía de Salamina, enfrentando a frota persa, que, apesar do seu maior número, tinha dificuldades evidentes de maneabilidade no espaço exíguo do estreito, pelo que foi completamente derrotada pelos gregos. Xerxes foi obrigado a regressar à Ásia, deixando o comando das tropas restantes ao seu lugar-tenente Mardónio, que seria derrotado em 479 a.C. na batalha de Platea e Micala, nas costas da Ásia Menor.
Diante da necessidade de organizar a defesa e de equipar o exército, Atenas liderou a formação da Confederação de Delos, uma aliança entre várias cidades-estados gregas que deveriam contribuir com navios ou dinheiro nos gastos da guerra.








sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Pensamentos de Aristoteles

Aristóteles foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, a poesia, o teatro, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia.
Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como uma das figuras mais importantes, e um dos fundadores, da filosofia ocidental. Seu ponto de vista sobre as ciências físicas influenciaram profundamente o cenário intelectual medieval, e esteve presente até mesmo o Renascimento - embora eventualmente tenha vindo a ser substituída pela física newtoniana. Nas ciências biológicas, a precisão de algumas de suas observações foi confirmada apenas no século XIX. Suas obras contêm o primeiro estudo formal conhecido da lógica, que foi incorporado posteriormente à lógica formal. Na metafísica, o aristotelismo teve uma influência profunda no pensamento filosófico e teológico nas tradições judaico-islâmicas durante a Idade Média, e continua a influenciar a teologia cristã, especialmente a ortodoxa oriental, e a tradição escolástica da Igreja Católica. Seu estudo da ética, embora sempre tenha continuado a ser influente, conquistou um interesse renovado com o advento moderno da ética da virtude. Todos os aspectos da filosofia de Aristóteles continuam a ser objecto de um activo estudo académico nos dias de hoje. Embora tenha escrito diversos tratados e diálogos num estilo elegante (Cícero descreveu seu estilo literário como "um rio de ouro"), acredita-se que a maior parte de sua obra tenha sido perdida, e apenas um terço de seus trabalhos tenham sobrevivido.
Apesar do alcance abrangente que as obras de Aristóteles gozaram tradicionalmente, os académicos modernos questionam a autenticidade de uma parte considerável do corpus aristotélico.
Foi chamado por Augusto Comte de "o príncipe eterno dos verdadeiros filósofos", por Platão de "O Leitor" (pela avidez com que lia e por se ter cercado dos livros dos poetas, filósofos e homens da ciência contemporâneos e anteriores) e, pelos pensadores árabes, de o "preceptor da inteligência humana". Também era conhecido como O Estagirita, por sua terra natal, Estagira.