domingo, 27 de fevereiro de 2011

Canto Gregoriano - video

Canto Gregoriano

O canto gregoriano é um gênero de música vocal monofônica, monódica (só uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana, a idéia central do cantochão ocidental.

As características foram herdadas dos salmos judaicos, assim como dos modos (ou escalas, mais modernamente) gregos, que no século VI foram selecionados e adaptados por Gregório Magno para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.

Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada na liturgia ou outros ofícios católicos. Só nos finais da Idade Média é que a polifonia (harmonia obtida com mais de uma linha melódica em contraponto) começa a ser introduzida nos ofícios da cristandade de então, e a coexistir com a prática do canto gregoriano.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Arquitectura Moçarabe

 Arquitetura Moçarabe refere-se à arquitetura existente no que atualmente é o território espanhol e à realizada por arquitetos espanhóis no mundo. Devido à amplitude temporal e geográfica que tem a história da Espanha, a arquitetura espanhola teve múltiplas fontes de influências e manifestações.
Mesmo antes dos povos que puderam escrever suas histórias, antes mesmo das fontes romanas (como os iberos, celtiberos, cantabros, entre outros), existiam na Península Ibérica vestígios de formas arquitetônicas mediterrâneas e semelhantes aos do norte europeu. comparáveis a outros exemplos das culturas
Um autêntico desenvolvimento ocorreu com a chegada dos romanos, que deixaram ali alguns de seus monumentos mais impressionantes, na Hispânia. A invasão dos visigodos implica uma profunda decadência em relação às técnicas romanas, mas também no aporte de técnicas construtivas mais austeras, de cunho religioso, assim como ocorreu no resto do antigo império. A invasão muçulmana no ano 711 traz uma mudança radical nos oito séculos seguintes e levou a grandes avanços na cultura, incluindo a arquitetura. Córdoba, capital da dinastia Omíada e Granada, da Nasrida, foram centros culturais de extraordinária importância.
Os reinos cristãos surgiram gradualmente e desenvolveram estilos próprios, inicialmente isolados das outras influências européias e mais tarde integrados nas grandes correntes arquitetônicas européias românica e gótica, as quais chegaram a alcançar um auge extraordinário, com numerosas mostras religiosas e civis ao longo de todo o território. Simultaneamente se desenvolveu o estilo mudejar, dos séculos XII ao XVII, que se caracterizou por uma mescla de correntes culturais: a herança estrutural européia com a decoração árabe.


Arquitectura Romanica

A arquitetura românica (AO 1945: arquitectura românica) é o estilo arquitectónico que surgiu na Europa no século X e evoluiu para o estilo gótico no fim do século XII. Caracteriza-se por construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos.
As conquistas de Sancho de Navarra e Aragão, alargando o seu domínio, desimpediram o que viria a ser o famoso «caminho francês» para Santiago de Compostela, cuja célebre catedral (posteriormente reconstruída em 1705) é o mais acabado monumento peninsular da nova arquitectura românica, obedecendo ao padrão dos templos de peregrinação, como São Saturnino de Toulouse. O alçado do alta nave de Santiago inscreve os arcos redondos, o andor do trifório, e colunas adossadas à parede, donde arrancam os arcos torais da sua abóbada de berço.

Arquitectura Românica em Portugal
Durante a reconquista, de que nasceu Portugal, a arte peninsular não muçulmana continuava, na maior parte, os velhos modelos visigóticos, quer revestindo as formas moçarabes duma arte popular, do cristão submetido, a qual fundia elementos da tradição hispano-visigótica com os de origem cordovesa, quer adquirindo características ainda mais originais no reino das Astúrias, onde a remota arte visigótica se esfumara com a influência carolíngia, lombarda e romana. Um dos melhores expoentes do românico em Portugal é a Sé Velha de Coimbra, cuja construção data do século XII.



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Carlos Magno

Renascimento Carolíngio e Otoniano

O Renascimento Carolíngio: Carlos Magno assume o poder a civilização na Gália já se mostrava deteriorada. Apresenta um enfraquecimento geral, enfraquecimento das letras, artes, vida econômica e religiosa. Estava atrasada em relação à Bizâncio, Ao califado de Bagdá e à Espanha. As atividades culturais, artísticas e literárias são reavivadas por Carlos Magno. O Renascimento Carolíngio não foi uma coisa espontânea. Pelo contrário, foi produto de várias contribuições culturais provenientes principalmente da península Itálica, da península Ibérica e da Inglaterra.Havia a necessidade de resgatar aquela cultura da Antigüidade clássica – que na época de Carlos Magno era monopólio dos clérigos – e, ao mesmo tempo aliá-la ao ensino. A idéia de uma cultura clássica e leiga trazia a necessidade da correção artística, a necessidade de elegância. Inicia-se assim, o verdadeiro renascimento. “À medida que, pela espada, Carlos fundava um Império idealmente vinculado ao velho Império Romano, ressurgia também a lembrança da Roma Antiga no esplendor da época áurea de suas produções literárias” . Afirma-se que a aceleração desse movimento já existia mesmo antes de Carlos Magno . Porém, quando ele entra em contato com o meio intelectual na Itália em 701, começa a surgir a idéia de um novo império, um império que fosse herdeiro daquela Roma Antiga. Também havia uma vontade política: fazer uma elite que concretizasse suas ambições que, entre elas, era a difusão de uma cultura inspirada na Antigüidade Clássica e, ao mesmo tempo, nos princípios da fé cristã.


Renascimento Otoniano: Surge em Otão, é um estilo que sucedeao Carolíngio do qual recebe uma grande influência e que antecipa formalmente o Românico. A arquitectura é vigorosa, maciça e de equilibradas proporções, utilizando-se portas de bronze e relevo. A escultura é realista e expressiva e a iluminura e de grande força e intensidade, revelando uma grande variedade de cores e a tentativa de clanificação da mensagem através da hierarquia pela escala das figuras.

Cristandade:
Durante a Idade Média, a vida espiritual na Europa ocidental foi dominada pela Igreja Católica. Não se admitiam divergências contra esse monopólio da crença. Os rebeldes e dissidentes, considerados hereges, ou se calavam ou eram simplesmente eliminados. Muitos foram queimados vivos nas fogueiras que o Tribunal do Santo Ofício, ou Inquisição, acendeu por todo o continente.
Nessa época, o poder dos reis era praticamente o mesmo que o dos senhores feudais e o Estado moderno ainda estava por ser criado. Na falta de um poder político centralizador, vigorava o conceito de Cristandade, que designava o conjunto de países católicos em oposição ao mundo muçulmano e às regiões orientais não cristianizadas.
No Ocidente, ser cristão significava ser católico, obedecer às regras e aos princípios da Igreja de Roma. Essa unidade católica sofreria profundas transformações a partir de 1517, com a ‘’Reforma Protestante’’ iniciada por Martinho Lutero.


Monaquismo:
Ao depararmos com o temo Monaquismo, de imediato nos surge a ideia de isolamento e de alheamento do mundo. Com efeito, o Monaquismo é um sistema de vida de consagração à causa divina, que tenta chegar a Deus passando pelo recolhimento e uma vida de dedicação e interiorização.
A esta palavra associa-se uma outra - monge -, que deriva do grego monos, (único, só). Etimologicamente, designa aquele que vive solitário, dedicando a sua vida ao serviço de Deus, dedicação essa assumida livremente e que pressupõe o cumprimento das normas estabelecidas numa Regra, baseando-se sempre nos conceitos de castidade, pobreza e obediência.
Embora tenha assumido formas diferentes, como iremos verificar, o que é certo é que o Monaquismo tem sido uma constante na vida de várias religiões, à partida completamente díspares (ex: Monaquismo Budista versus Monaquismo Cristão), revelando-se acima de tudo como "algo universal e inerente à condição dos fiéis que pretendem desenvolver a sua vida espiritual no sentido da perfeição"4.


Paganismo: 
Paganismo é um termo usado para se referir a várias religiões não Judaico-cristãs, no entanto, existem várias definições entre diferentes religiões entre o que pode realmente ser definido como sendo paganismo, sem consenso quanto ao que é correto. Um grupo mantém o paganismo como um termo que inclui todas as religiões não-abraâmicas. Outros sustentam que o catolicismo romano tem suas raízes no paganismo, enquanto outros sustentam que o paganismo deve referir-se exclusivamente às religiões politeístas, incluindo a maioria das religiões orientais, as religiões e mitologias do povos nativos americanos, assim como as não-abraâmicas religiões folk em geral. Outras definições mais estreitas não incluem nenhuma das religiões mundiais e restringem o termo às correntes locais ou rurais não organizadas em religiões civis. Característico de tradições Pagãs é a ausência de proselitismo e a presença de uma mitologia de vida que explica a prática religiosa.


Feudalismo:
O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média.
Segundo o teórico escocês do Iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e sucedido pelo capitalismo em certas regiões da Europa. Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei lhas dava. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da proteção contra ataques bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal.